A administração da Mirandela voltou a manifestar a intenção de ir abatendo a dívida de cerca de 800 mil euros em atraso, a um ritmo de 20 euros por mês, por trabalhador, a partir de Janeiro, proposta que foi classificada, pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Celulose, Papel, Gráfica e Imprensa, como uma inadmissível ofensa aos trabalhadores.
Com partes de salários, os subsídios de férias de 2008 e de 2009, e o subsídio de Natal passado em atraso, os trabalhadores da gráfica com instalações em Loures e em Lisboa, tinham agendado um plenário para anteontem, onde seria feito um balanço da situação.
Na reunião de 18 de Dezembro, mediada pela Autoridade para as Condições de Trabalho, a administração também considerou que para haver mais celeridade nos pagamentos seria necessário que a empresa obtivesse uma facturação igual ou superior a um milhão de euros. Este montante equivaleria a um aumento de resultados em cerca de 40 por cento, revelou o sindicato da CGTP-IN, recordando que a facturação média da Mirandela ronda os 740 mil euros.
Para dia 15, está prevista nova reunião de mediação, na ACT, em Vila Franca de Xira.